22 pessoas morreram, em Portugal, em contexto de violência doméstica durante o ano de 2023. Os dados são do Portal da Violência Doméstica que divulgou os dados relativos ao último trimestre de 2023.

No ano de 2023 registaram-se 22 homicídios voluntários em contexto de violência doméstica (17 mulheres, duas crianças e três homens). Em 2022 ocorreram 28 homicídios (24 mulheres e quatro crianças).

No último trimestre do ano, registaram-se três vítimas (mulheres) de homicídio voluntário em contexto de Violência Doméstica, sendo que no período homólogo de 2022 se registaram cinco vítimas (quatro mulheres e um criança).

Estes dados estão publicados no Portal da Violência Doméstica, e revelam também os Indicadores Estatísticos relativos aos crimes cometidos em contexto de violência doméstica e homicídios voluntários em contexto de Violência Doméstica, respeitantes ao período de outubro a dezembro de 2023.

Neste último trimestre do ano, foram acolhidas na Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica 1296 pessoas, sendo 50,8% mulheres, 47,5% crianças e 1,7% homens. No período homólogo de 2022, o número de pessoas acolhidas foi de 1441 (54,2% mulheres,44,7% crianças e 1,2% homens).

Foram transportadas 207 vítimas e 5222 pessoas foram abrangidas pela medida de proteção por teleassistência, no âmbito do crime de violência doméstica.

Registaram-se 6973 ocorrências participadas à PSP ou à GNR, menos 17,41% que no semestre anterior e menos 2,19% que no período homólogo de 2022. Assinala-se que em 2023 foram participados 30279 crimes de violência doméstica, menos 0,4% que no ano de 2022, em que se registaram 30389 participações.

Foram aplicadas 1161 medidas de coação de afastamento a agressores pelo crime de Violência Doméstica e integradas 2494 pessoas em programas para agressores.

Os dados relativos a crimes cometidos em contexto de violência doméstica e homicídios voluntários em contexto de Violência Doméstica, são recolhidos pela Polícia Judiciária, Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana, pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, entidade coordenadora da RNAVVD – Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica.