Neli Pereira não vai participar no Conselho Nacional do CDS: é o “pior momento da vida do partido”

Neli Mota Pereira, líder do CDS-PP de Vieira do Minho, em comunicado enviado à nossa redação, anunciou que não vai participar na reunião do Conselho Nacional do CDS a realizar esta sexta-feira, para definir o programa eleitoral a apresentar nas legislativas, “por ainda não ter sido proferida decisão relativamente à impugnação da deliberação ilicitude adiamento do Congresso do CDS“.

Em comunicado, Neli Pereira considera que “este congresso foi mais, mais uma vez, convocado para se realizar à distância e à pressa, sem qualquer justificação para tal e que a sua ordem de trabalhos decorre de outro, realizado a 29 de outubro, com violação de todas as regras regimentais e legais, a par do desrespeito pela decisão do Conselho nacional de Jurisdição, que declarou nula e sem efeito a respetiva convocatória”.

A líder concelhia do CDS-PP continua, dizendo que “foi remetido, há cerca de um mês, ao Presidente do Conselho Nacional de Jurisdição do CDS-PP, Dr. Alberto Coelho uma impugnação das deliberações desse Conselho Nacional, nomeadamente a que decidiu adiar o congresso do partido agendado para 26 e 27 de Novembro”. Decisão que, apesar da urgência, Neli diz não ter qualquer resposta ou informação.

É inaceitável”, continua Neli Pereira no mesmo comunicado, lamentando “que, num partido fundador da democracia portuguesa, os órgãos não funcionem, de cada vez que possa estar em causa qualquer pretensão ou decisão da direção nacional ou do seu presidente”.

Neli Pereira afirma que “depois da suspensão do congresso do CDS, impedindo os militantes de votar e escolher o líder, aprovando uma moção de estratégia, temos agora a suspensão do Tribunal do partido, por parte do seu presidente, que parece desconhecer que é tão somente um “primo inter pares” e, nessa medida, tem de aceitar democraticamente as decisões do conjunto de conselheiros“.

Neli Pereira termina o seu comunicado afirmando que “estando a democracia sequestrada no CDS, sempre que qualquer votação possa implicar a derrota da direção do partido ou do seu presidente , suspendem-se os votos, numa demonstração deprimente do pior momento da vida do partido”.

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