Sismicidade na Ilha de S. Jorge continua elevada, diz IPMA

Continua a sismicidade elevada na Ilha de S. Jorge, no arquipélago dos Açores, que se prolonga desde o dia 19 de março. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o ritmo de libertação de energia sísmica tem apresentado alguma redução, apesar de se manter bem acima dos valores normais para a ilha.

Nestas imagens do IPMA é possível ver a variação acumulada da energia, bem como a distribuição dos eventos em função da magnitude. Segundo o IPMA, ambos os gráficos indicam, para já, “alguma estabilidade“.

Ainda de acordo como IPMA, um dos elementos fundamentais para a caracterização desta crise sismo-vulcânica, e que tem tido muito eco nas redes sociais, prende-se com a deteção pelo satélite SENTINEL de uma deformação da superfície da ilha de S. Jorge próxima dos 8 cm, “indiciadora de uma intrusão magmática cuja profundidade não está ainda bem determinada“. Esta informação veiculada por várias organizações científicas foi reforçada indiretamente por medições GNSS realizadas pela equipa da UBI/IDL. Admitindo como válida a sobre-elevação avaliada pelo InSAR, “não existe coincidência entre a região onde se localizam os epicentros e a região sobrelevada, provavelmente pelo facto de a sismicidade ocorrer em fracturação pré-existente e ser condicionada pela tectónica regional“, explica o IPMA.

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