União Europeia aprova proposta inicial que proíbe publicidade direccionada

O Parlamento Europeu aprovou, na passada quinta-feira, uma medida que visa restringir a forma como as grandes empresas tecnológicas colocam publicidade nas plataformas digitais e o seu acesso aos dados dos utilizadores, fazendo ainda pressão para que retirem conteúdos e produtos ilegais.

De acordo com a Marketeer, esta medida chama-se Digital Services Act e pretende proibir a utilização de informação sensível – orientação sexual, etnia e religião – para chegar a determinado público-alvo. Os anúncios direcionados a menores e os dark patterns, que fazem os utilizadores concordarem com a partilha dos seus dados, estão também proibidos.

As tecnológicas que não cumprirem esta política poderã ser multadas até 6% do volume de negócios anual.

O Connected Commerce Council, Associação de pequenas e médias empresas, já veio a público manifestar o seu apoio no objetivo de uma concorrência leal no mercado dos serviços digitais, mas ressalva existir “um risco elevado de que a nova diretiva possa involuntariamente colocar as pequenas empresas europeias num caminho de regressão digital, uma vez que sobrecarrega as empresas que abraçam ferramentas digitais com complexidade e incerteza, eficiência reduzida e custos mais elevados”, critica a entidade.

Segundo a Marketeer, esta aprovação chega pouco tempo depois de se saber que a Google levou a cabo uma campanha de lobbying junto dos eurodeputados para tentar impedir que a mesma avançasse.

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