Está a decorrer na barragem do Alto Rabagão, concelho de Montalegre, uma operação que visa retirar do fundo da albufeira uma aeronave com duas toneladas que tombou há mais de 25 anos. Esta operação envolve entidades como os fuzileiros portugueses, Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a fundação “Parley for the Oceans” e o município de Montalegre.

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Foi há mais de 25 anos que uma aeronave, encontrando dificuldades para aterrar num aeroporto da região, devido a um problema hidráulico, acabou por se despenhar e afundar, depois de ainda ter tentado uma amaragem de emergência. À data, os dois pilotos conseguiram escapar com vida, no entanto a aeronave lá ficou.

Agora, e aproveitando o período de seca que levou à diminuição do nível da água nesta barragem (diminuiu cerca de 30 metros), as autoridades quiseram perceber se estão reunidas as condições para esta operação de retirarem os restos da aeronave.

David Teixeira, vice-presidente do Município de Montalegre, defende que este “é um dos grandes obstáculos para restabelecer o leito natural da barragem“, explicando que a organização desta missão falou com várias pessoas que, à data dos acontecimentos, testemunharam o acidente e possam ajudar a localizar, mais rapidamente, a aeronave (moradores, bombeiros que socorreram os pilotos e o dono da aeronave).

Ao site O MINHO, Fernando Baptista, comandante da força dos Fuzileiros, explicou que a Marinha entendeu que esta operação será dividida em quatro fases, encontrando-se em curso já a segunda, que consiste na “localização exata da aeronave”, com recurso a “um pequeno robot que permite fazer sondas na parte mais submersa, e a um sonar, que detetará onde a mesma se encontra”.

A terceira fase será a extração e reflutuamento da nave, e a quarta passará pela retirada de todos os meios empenhados pelos Fuzileiros, e também dos militares.