Os trabalhadores da Armatis Guimarães e Porto vão estar em greve no próximo dia 14 de fevereiro, para reivindicar aumentos salariais e do subsídio de alimentação, melhores condições e ainda a reposição da diferença retributiva de 50 euros entre escalões. 

A empresa de call-center com sedes em Portugal, França, Polónia e Tunísia, emprega 1700 pessoas em território nacional: Guimarães, Porto e Lisboa.

Os trabalhadores de Guimarães e do Porto reuniram no passado dia 24 de janeiro para analisar a resposta da Armatis às suas reivindicações, concluindo que “a decisão da administração em eliminar na totalidade o subsídio de línguas e parcialmente o valor do prémio de absentismo para integrar estas componentes variáveis no salário fixo, configura uma «manobra enganadora», tendo em conta que não acrescenta 1 cêntimo na remuneração global”. 

Estes trabalhadores dizem, no seu aviso de greve, não se “conformar” com a “recusa do efetivo aumento salarial que se verifica há cerca de quatro anos” e o subsídio de refeição que “mantém um irrisório valor“.

O grupo vai mais longe e acusa a gestão da empresa de “não estar a cumprir compromissos que assumiram com os trabalhadores“, nomeadamente “a actualização salarial em conformidade com o acréscimo do SMN [salário mínimo nacional], assim como a garantia de uma diferença de cinquenta euros entre os três níveis que foram criados na categoria de «Conselheiro de Clientela»”, incumprimento esse que, de acordo com o aviso de greve, “tem, ao longo dos anos, configurado numa estagnação salarial“.

Depois da reunião que tiveram a 24 de janeiro, os trabalhadores da Armatis Guimarães e Porto vão para greve no próximo dia 14 de fevereiro esperando com isso, alcançar os seguintes objetivos:

  • Aumento salarial de 50 euros com efeitos a 01-01-2022;
  • Actualização do subsídio de refeição para 6 euros com efeitos a 01-01-2022;
  • Garantia de revisão anual dos salários com base no valor aprovado para aumento do SMN;
  • reposição do compromisso da Armatis em manter uma diferença retributiva de 50 euros entre escalões;
  • Abertura para negociação de um acordo de empresa;
  • Melhores condições de trabalho assente no cumprimento da legislação e no respeito pela relação e conciliação entre a actividade profissional e a vida pessoal e familiar.