Em nota de imprensa o PS de Vieira do Minho refere que foi levado à última Reunião de Câmara, para ratificação, um despacho do Presidente da Câmara que dá parecer favorável à localização do Parque Eólico de Vieira Minho, a implementar em plena Serra da Cabreira. Este parque será constituído por 8 aerogeradores, uma subestação 20/60KV, um troço de linha a 20KV e um troço de linha a 60KV, que interligará a subestação do Parque Eólico à central hidroelétrica de Vila Nova. Este despacho foi aprovado por maioria, tendo contado apenas com os votos contra das vereadoras do Partido Socialista, Elisa Varanda e Aurora Marques, e do vereador Paulo Miranda.

Segundo os Socialistas de Vieira do Minho “É Engraçado, mas acima de tudo lamentável, será perceber que, enquanto se põe do lado de quem se manifesta contra o impacto da linha dupla de 400kV sobre as aldeias de Zebral, Campos e Lamalonga, cavalgando tardiamente uma onda de contestação dos agentes locais, o Presidente da Câmara, em ato simultâneo, dá parecer favorável à implantação de uma nova linha de 60kV, a passar tangencialmente à Aldeia de Campos.No ponto n.º 3 da reunião de 24 de março de 2021, o Executivo Municipal coloca-se ao lado dos agentes locais que se manifestam contra a implantação de uma linha de 400 kV, que ligará Ribeira de Pena à Estação de Corte localizada a norte da Aldeia de Zebral na Freguesia de Ruivães.

O executivo Municipal apanhou tardiamente a onda, já que não são conhecidos manifestos seus quanto à implantação da opção que foi chumbada, e que agora é reclamada como sendo a melhor opção ou, pelo menos, a que menos impacto provocará nas aldeias em questão.

No entretanto, o Presidente da Câmara tomou, pessoalmente, a decisão de dar parecer favorável a um pedido da EDP Renewables, de 8 de março de 2021, para a localização de um Parque Eólico na Serra da Cabreira, próximo da zona onde, com pompa e circunstância, se sinaliza a nascente do rio Ave.

O parque eólico em questão incluirá a realização de uma linha de 60kV, para ligar o mesmo à central de Vila Nova, cujo traçado de implantação, pasme-se, passa tangencialmente à aldeia de Campos, não sendo, portanto, o seu impacto difícil de adivinhar.”

A terminar a nota de imprensa o PS local acrescenta que “A somar a tudo isto, o processo foi conduzido à completa revelia das partes interessadas, no caso a UF de Ruivães e Campos, as Associações e as populações locais, tendo estas sido completamente ignoradas e desrespeitadas, sem qualquer possibilidade de se pronunciarem relativamente ao local onde se vai construir o Parque Eólico.

E assim vai a governação deste Município…”